(...)
Sem passado ou futuro. Não repouso.
O que peço não sei, nem o que busco:
Só o que somos sinto - tu e eu.
Queira antes de morrer, ouvir ainda
Melodias que foram a tua voz. - Fala!
Clamei por ti na noite de silêncio,
Fiz despertar as aves nas ramadas,
E nos montes o Lobo, e ensinei
Teu nome, em vão, aos ecos das cavernas.
E eram muitos os seres que respondiam,
Espíritos e gentes mas tu não. - Fala!
Velei de noite, mais que as estrelas,
Olhei os céus em vão em tua busca.
Vem falar-me! Na terra, vagueei
E não achei jamais o teu retrato. - Fala!
Cercado de demónios condoídos,
Não os temo e só sei sentir por ti.
Diz uma só palavra, mesmo irada,
Qual seja nem importa. Uma vez mais
Te quero ouvir, de novo, uma só vez.
(...)
By Lord Byron in MANFREDO
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