Corajem

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Saberás tu o que é ouvir o som, cheirar o perfume, desesperar sentada no banco do jardim, arder numa combustão sem fim, invejar os teus sapatos, a tua roupa, o teu perfume, o teu relógio, o AR que te rodeia... os teus vizinhos, o café que tomas de manhã..., invejar o tudo?

Saberás que te espero?


Saberás o que é invejar desde as entranhas do ser por nunca vir e tanto querer?! Saberás o que é querer ser o nada para caber nos espaços de ti e te preencher que nem o sol faz ao espaço, ser o eco na tua memória na infinidade do teu ser...

Sabéras que te aguardo?


Saberás que falo de ti? Saberás que eu sei quem tu não és?

Saberás que não tens nome?


Saberás que te desconheço em total e absoluta firmeza dentro desta nulidade incerta de ser.





A Vacuidade do ser eterno que renasce á mais breve brisa do sangue.



Ser de tanto desejar querer ser igual,
Impossibilidades de um infinito que nunca acaba...
O abismo que nunca morre...
O sonho que nunca culmina...


Desconexões caóticas intrínsecas ao ser.


Nulidade de mim.


Nada.




Saberás que sou eu, eternamente, completamente, totalmente, inequivocamente

T U A