sábado, 26 de dezembro de 2009

Esplanadação

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Tenho no peito uma esplanada ao sol

na alma um chá quente com sabor a menta.

No corpo tenho uma cadeira,

nos olhos um livro e na mão,

tenho um bolso cheio de pequenos tudos.

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Na memória tenho uma vida,

passada à janela e assistida

por um luar fresco.

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Na língua trago a conjunção do verbo

das metáforas que rendilho a pérolas

a longos pontos dourados,

sem remate, nem fim.

Uma ponta solta.

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Nas pernas trago as curvas do carácter,

nas coxas trago o nariz,

o aroma inebriante do ventre.

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(De dia tenho o sol dos pontos

e à noite tenho o luar das pérolas.)

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Trago árvores e ramos e folhas

e caules e pétalas e…

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Transporto-me, carrego-me e escolto-me

nas pedras da calçada,

no amarelo que me faz mais verde

no azul que me faz mais à janela.

Peso-me vermelha na cor da existência,

branca na leveza da minha alma

e…

verde, no profundo ambíguo dos olhos.

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Inconfessa e obtusa, vos brindo com boas festas.

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Manual de Instruções

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Aqui estão as legendas necessárias ao nosso quotidiano, pelo brilhante Mark Gungor.

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Nostalgia

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Muito mais que paixão.

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Muito mais que amor...

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É puro ADN.

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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Política...?!

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A propósito do casamento entre homossexuais, que inclui obrigatoriamente, a questão da filiação: ‘Crianças em situações que não correspondem, de facto, à sua natureza, ao seu desejo de natureza, são crianças que precisam de acompanhamento especial. Tudo isto custa milhões à carteira dos portugueses’.

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Pergunto-me, será que a excelsa autora desta frase, a ex-deputada, Sra. Dra. Isilda Pegado, tem a noção da quantidade de crianças que existem, saudáveis, felizes e INTEGRADAS, dentro de um seio familiar homossexual para se sair com esta?!

Viverá a Sra. Dra. neste planeta?

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E mais, assumir que as referidas crianças necessitam de acompanhamento psicológico e que isso custará milhões à carteira dos portugueses...
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Será que ponderou a hipótese de estar a perspectivar parcialmente toda a questão?

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Será que ponderou quanto custa, os milhares de milhões de euros em corrupção, ao país?

E os ordenados milionários dos gestores e todas as regalias?

E os euros gastos em obras que favorecem sempre os mesmo?

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Não me vou alongar, caso contrário ainda algum chico esperto me dirá:

- Então e soluções? Não apresenta?

Depois lá terei de responder num enorme e alongadíssimo texto sobre coisas que efectivamente não interessam a ninguém, nem a mim.

(Mas que o texto existe, existe!)

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O que interessa é a polémica, o resto?

O resto é trocos de algibeira...

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domingo, 13 de dezembro de 2009

Aria

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Porque quando se trata de verdades, tudo à volta orquestra a sonoridade da perfeição.

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As árvores coreografam sublimemente a descida de uma estrela cadente e eu arrepio-me até ao tutano da minha existência.

O meu desejo?

Um sorriso estampado no rosto!

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Because music is my life.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

...peel me...

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Peel me a grape, crush me some ice
Skin me a peach, save the fuzz for my pillow
Talk to me nice, talk to me nice
You've got to wine and dine me
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Don't try to fool me bejewel me
Either amuse me or lose me
I'm getting hungry, peel me a grape
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Pop me a cork, french me a fry
Crack me a nut, bring a bowl full of bon-bons
Chill me some wine, keep standing by
Just entertain me, champagne me
Show me you love me, kid glove me
Best way to cheer me, cashmere me
I'm getting hungry, peel me grape
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Here's how to be an agreeable chap
Love me and leave me in luxury's lap
Hop when I holler, skip when I snap
When I say, "do it," jump to it
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Send out for scotch, call me a cab
Cut me a rose, make my tea with the petals
Just hang around, pick up the tab
Never out think me, just mink me
Polar bear rug me, don't bug me
New Thunderbird me, you heard me
I'm getting hungry, peel me a grape
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

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Caríssimo /a “Anónimo,

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Antes de tudo, um prelúdio.

Não é de minha insensibilidade responder a um comentário com uma publicação pois prefiro faze-lo por e-mail.

Porém, a insensatez de seu comentário deixou-me com tantas cócegas na barriga que tive de lhe responder. Como se trata de um comentário anónimo, não tenho oportunidade de lhe dar a resposta só para seus lindos olhos lerem, daí que torne público o seguinte, que passo a expor.

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Caso tenha olvidado o meu próprio comentário à minha própria publicação, o mesmo refere qualquer coisa como “Think again!”. Era suposto ter um significado, pois tudo o que escrevo dificilmente ficará ao acaso.

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Sendo assim, e no intuito de lhe iluminar essas ideias, refiro-lhe que a publicação em causa se refere a uma entidade e não a uma pessoa em concreto.

Trata-se da mistificação de uma mistificação (espero que esta definição não lhe seja demasiado… mistificada para o/a esclarecer) no seu âmbito mais abstracto já que considero, aqui com os meus botões, que jamais lhe terei acesso.

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Tal como se faz aos meninos e meninas de tenra idade, dou-lhe uma imagem mental alusiva para que o pensamento e a abstracção se perpetue com maior clareza.

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Ora imagine que sou um barco dentro de uma garrafa. Daqueles objectos típicos onde se revela impossível retirar o barco de lá de dentro sem danificar a sua estrutura.

Pois eu sou o barco e refilo afincadamente com o criador que me deixou presa dentro de uma pequenina garrafa.

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Sendo que deixei bem claro no meu comentário que a precipitação seria um erro, parece-me que por um lado se revela bastante precoce no raciocínio. Por outro lado, sabendo agora a raiz do comentário, não lhe parece que foi um bocadinho de nada arrogante ao presumir que se tratava de uma “pessoa”? Não lhe parece que foi no mínimo, insensato presumir-se titular de um “entidade”, que afinal de contas, o menino ou a menina, nem sabia a identidade?

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Sendo que não é a primeira vez que deixa este tipo de comentários anónimos sugiro que, ou deixe de visitar este MEU espaço de forma anónima, ou que de alguma forma se identifique, pois parece-me humilhante para o seu EGO que lhe tenha de remeter uma resposta por esta via.

Não lhe parece?

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Ah! E antes de terminar… a imitação é uma coisa muito feia.

Já que não se assume, seja lá porque motivo for, ao menos tente ser original na forma como me aborda.

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Falta de coragem e plágio deixa-me francamente mal disposta.

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Com os meus melhores cumprimentos e votos de um excelente feriado, que afinal é alusivo a “Nossa Senhora da Conceição, padroeira do Reino”,

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Viagens a nanómetros de distância

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É suposto aceitar pacificamente a mistificação de um mito?

É suposto eu acreditar naquilo que me enfias pelos olhos a dentro?

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Não, eu não sou uma espécie de anémona Sado-maso naif kinda style!

Mas isso será algo que compreenderás melhor pelo caminho, pois será ele que te elucidará sobre todas as luzes que no escuro, me fizeste ver.

E por isso, tenho de facto a agradecer!

Obrigada, por tudo o que fizeste por mim. Pelas teias, pelas paralisias infiltradas na minha derme que me corroeram a visão.

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Obrigada. Não penses que estou a ser irónica. Não é bem a minha praia!

Obrigada sim, do fundo do poço que é a minha alma por me relembrares, once again, de quem eu sou.

E o que eu sou? Sou igual a tantas outras e outros. Aliás, sou igual a todos e a todas. Sem diferença, marca ou preferência. A não ser pelo facto de que eu literalmente te vi e não quis acreditar...

Mas não te preocupes (ironia só pelo sarcasmo) - I'm a fast learner.

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Tenho-te a dar os parabéns pela brilhante mente que és na realidade. Por todos os esquemas tão bem montados que a única solução possível seria, no mínimo, esquecer-me da minha alma!

Hitler seria portanto um menino de berço a teus pés!

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Tenho porém um final wisch. Adorava, agora neste preciso momento encarar-te num ambiente perfeitamente comum e beber um café na tua companhia. Apreciar-te a beleza da alma, que para mim continua a ser bela sem dúvida. Será portanto uma questão de gosto?!

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Do you see what you have made me?

I’ve ripped of my own skin, once again.

And your problem is that I’m getting closer to my bones.

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

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Os meus cabelos são poemas que deixo crescer.

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Vertigens de um espelho

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O ser humano que não considerou gravemente a hipótese do suicídio é porque viveu qualquer coisa, que não a vida.

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