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Sendo o que é, a realidade não poderia ser outra coisa se não o que é, de facto.
Aquilo que entra pelos olhos é o que é, e merece o valor que lhe é conferido.
Tal como um cinzeiro ou uma pessoa, que é a mesma coisa…
Cada um dá-lhe o valor que lhe parece ser o justo para si, mas isso não significa que não flutue que nem o PSI20…
Querendo com isto dizer absolutamente nada sobre porra de coisa nenhuma.
Como se fosse um fumo indefinido a sair das teclas que tento calar.
As aparências são aparências e muito mais que aparências, ou muito menos.
Depende substancialmente do ponto do observador, se da esquerda para a direita, se de baixo para cima, ou obliquo às frases.
O mesmo que dizer tudo é coisa nenhuma, nenhuma coisa também é tudo.
Se bem que não sendo a mesma coisa é similar e não igual. A minuciosidade do tom grave com que se lê, que é o mesmo que dizer com que se escreve, é provavelmente lido e / ou escrito com o mesmo tom, mas no sentido oposto – agudo.
Aquele agudo que a professora de História tinha quando tentava silenciar os obtusos aprendizes de castelos no ar. Esta, a professora, é igual aqui e na China, sendo que poderá ensinar Física Quântica, ou Astrologia, ou uma chinesice qualquer…
Enfim… devaneios que não sendo nada, são tudo.
Ah! Estava eu a dizer que a aparência é precisamente isso mesmo – aparência.
Mas até que ponto a capa não é um véu transparente? Ou precisamente o oposto? Ou será meio de cada, ou um ¼ num lado e ¾ no outro?
E… quem sabe alguma coisa sobre a verdade?
Se afasto, aproximo; se aproximo desvanece-se pó.
Subestima-se o valor da verdade como quem deixa 1 cêntimo na Caixa de Esmolas.
1 Cêntimo, tal como o cinzeiro, ou como a pessoa ou como o mundo, tem o valor que tem e vale o que vale.
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Em suma?
Estive aqui a escrever sobre coisa nenhuma e assumi que vos gastei o tempo a ler coisa nenhuma sobre tudo.
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