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Tenho saudades de dançar sobre o teu peito...
como se fosses um palco de madeira escura.
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O som da madeira que estala com o peso do corpo,
recorda-me as divinas peças que compunhamos
em languidas manhãs soalheiras.
E o cheiro... ai o cheiro...
o cheiro da madeira húmida
debaixo das pontas que riscavam o chão...
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Escrevia-te poemas na derme com o deslizar dos lábios.
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Percorrias as curvas das minhas pernas,
os teus dedos...
como se fossem penas,
desenhavam a perfeição do ritmo
alongavam-me a alma até ao infinito.
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A iluminação provida pelo Sol
dava-te um ar especialmente...
encantador,
que eu nunca consegui resistir ao beijo...
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O cenário era mostrado por um cetim escarlate
que vagueava ao vento dos nossos gestos,
dos Pivot's dos nossos corpos
até cair.
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No fim, transpirados e exaustos,
fechava o pano cobrindo-nos com os nossos corpos
e aplaudiamo-nos com um beijo
com uma alma renovada,
com um abraço selado no tempo.
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Tenho saudades de dançar sobre o teu peito
e escrever poemas na tua derme.
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