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Não sei porque escrevo,
Escrevo porque escrevo e porque as minhas mãos escrevem.
(Eu escrevo?)
Leio.
Leio porque leio e porque os meus olhos lêem.
(Eu leio?)
Não sei se é automatismo
Se é um romantismo.
Não sei porque os meus gestos se confundem no acto de agir,
se no acto de agir não lhe acho significância...
(Não ajo, penso a redundância.)
Talvez seja uma treva,
um vestígio de uma sombra queimada
uma cinza largada ao vento,
um sussurro da madrugada.
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Um infinito
dentro de um infinito,
dentro de um infinito,
dentro de um infinito…
Um único infinito só.
Escrevo e leio
porque as palavras são pó.
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