domingo, 22 de novembro de 2009

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Não sei porque escrevo,

Escrevo porque escrevo e porque as minhas mãos escrevem.

(Eu escrevo?)

Leio.

Leio porque leio e porque os meus olhos lêem.

(Eu leio?)

Não sei se é automatismo

Se é um romantismo.

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Não sei porque os meus gestos se confundem no acto de agir,

se no acto de agir não lhe acho significância...

(Não ajo, penso a redundância.)

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Talvez seja uma treva,

um vestígio de uma sombra queimada

uma cinza largada ao vento,

um sussurro da madrugada.

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Um infinito

dentro de um infinito,

dentro de um infinito,

dentro de um infinito…

Um único infinito só.

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Escrevo e leio

porque as palavras são pó.

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