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A brisa fresca da noite remanesce-me à obsídia permanência que se renuncia, como gotas de água quente a escorrer pelos dedos pendurados, desta realidade ímpia que se assombra na pantalha das esquinas.
Cruzadas, as pernas, no beiral de um baixio miradouro, poiso a chávena no colo.
Sustentei o tempo na contemplação da sedição ininterrupta das hostes, observando o universo pairar serenamente, como uma canoa deslizando no leitoso desaguar de uma lagoa límpida.
A serenidade do desassossego desaguou-me nos olhos.
What’s the point? - Pensei eu obtusa à realidade...
Cruzo as pernas e aguardo na dissimulada tranquilidade, que a canoa do tempo me leve as cinzas do corpo.
Who I am? No one knows.