segunda-feira, 25 de maio de 2009

Arrogância - injecção letal

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Entra um indivíduo no café, com um ar muito selecto e de semblante fechado. Ao chegar ao balcão, de nariz empinado, ergue o indicador direito e assobia às botas gastas do empregado:
- Psshhhtt!
Responde o empregado de sobrolho levantado:
- Bom Dia. Diga, por favor.
- Bom dia. Eu sou Sr. Dr. e queria um café!
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A esta resposta do fato emprumado, de um Prada qualquer, o empregado do balcão adiciona-lhe um aditivo especial, criado no bulor de um frasco por lavar, com mais de 2000 anos. Posto isto, entrega um café quente com um sorriso nos lábios...
Como importante figura, o Sr. Prada assumiu o reconhecimente da galanteza do empregado e, de um só trago, bebeu o café de penalti. Pagou, sem deixar a bonita grojeta merecida; afinal o empregado tinha reconhecido a sua própria inimportância...
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O Sr. Prada passou o dia agarrado a um objecto tipicamente branco, de formato oval, tipicamente também, enfiado num WC qualquer. Tipicamente, o Sr. empregado passou o dia a sorrir imaginando a figura triste que o Sr. Prada propaga à sua própria passagem.
Atipicamente, a querídissima esposa do Sr. empregado foi assaltada porque o ordenado, pago pelo Sr. Prada, não foi entregue ao tipico delinquente, que recebia tipicamente para dar a dose, não para a veia, mas para o pobre filho, muito doente (um verdadeiro drama de faca e alguidar...)
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Moral da história: Arrogância é um objecto com dois v's, um de vai e outro de volta...
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Ah! E quase que me esquecia...o Sr. Prada, ao chegar mais tarde a casa, apanhou o mulher na cama com outro, claro está, que era o Sr. empregado...
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Boa semana de trabalho para todos e cuidado com os cafés...

domingo, 24 de maio de 2009

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No outro lado do Vitruviano
conflui o rio e o mar na harmonia do inevitável.
Não há tempo que não seja inesgotável
nem expressão que seja, sequer, condenável.


Transmuto-me numa transparência opaca,
intransponível ao olhar,
ausente…
de qualquer aparência.

Vou,
para o outro lado do Vitruviano
na paz deste silêncio,
nos olhos desta cegueira.
No sossego de ser,
(i)mortal.

Não tenho pressa,
não corro,
caminho…
plano…
gravo no meu corpo os símbolos da minha inexistência.
(para que me torne cada vez mais transparente)
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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Equilibrium...

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A violência é o último suspiro da possibilidade e a condenação é a perpetuação do mesmo erro, vezes sem conta...



Onde anda a filha da compreensão?

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“Haveríamos de ser todos cegos”, mas o tipo certo de cegos, o oposto de agora, bem ao jeito de José Saramago…

Na realidade constato que a paciência é a virtude que me foge para dentro da boca…tantas e tantas vezes o silêncio é a minha melhor resposta…e nem essa é perceptível...

Nos meus olhos estão as minhas palavras e na minha boca, o meu segredo.




segunda-feira, 4 de maio de 2009

Os 3 F's

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E se… sobre vós se abatesse o peso da consciência, daquela mínima, quase minúscula parte, do que somos, realmente e efectivamente?

Num sorriso de despedida salgado digo um adeus a tudo o que sei e conheço e ao silêncio me resigno, a este póstumo reinado da ignorância voluntária…

Peço-vos um pequeno esforço de imaginação.
Garanto que não ficarão com um esgotamento cerebral!
Imaginem como seria a vida, a vossa diária vida quotidiana, sem a existência de um simples, singelo e essencial material – plástico!

E agora vos pergunto, muito a sério, se serão capazes de sorrir, ainda…


No fim desta breve, singela e insignificante tentativa de alusão a uma realidade, junto-lhe uma pequena frase, em jeito de remate à vossa inconsciência.


“Nascemos para renascer”

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