Cola-se fazendo desenhos estranhos, a areia fina, quente e pontiaguda, às linhas que tenho ainda mornas na pele. Fazem desenhos descendentes de rios secos.
(Pois… os mortos…)
Olho para trás, pelo canto do ombro. Montes, pilhas e covas. Confunde-se com o ondulado daqueles gigantes de areia, castanha, vermelha e preta. Desenham quase cornucópias. A areia que os tapa, aos poucos e poucos, enquanto vislumbro as roupas encardidas de nojo meu a desaparecerem, no fosso que será a memória.
Nada.
Não sinto nada.
Nem vazio. Nem molhado.
Só a areia a furar-me a pele pelas garras da raiva do vento.
Abro os olhos e gravo O Silêncio.