terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Corro, corro e não fujo





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O que me alimenta,
me move,
o que me instiga ao caos?

A Ira.


Não, não sou dada a movimentos ténues,
não, não sou dada a danças doces e delicadas.
nem tão pouco sou suave…


Hoje, quem me conhece?
Ninguém…
…só a Raiva se lembra.
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2 comentários:

Gothicum disse...

"Quanto mais elevado é o espírito mais ele sofre. "
(Arthur Schopenhauer)

…Freyja desculpe não concordar consigo, mas quem escreve como a Freyja escreve não pode estar mergulhada naquilo que descreve. Espero, sinceramente, que este grito seja somente um grito da poetisa e não da mulher…necessitamos da sua escrita, impar e sempre lúcida. Abraços

Freyja disse...

Caro Gothicum,


È muito amável de sua parte.

Sabe, tenho dias em que acordo do outro lado do paralelo. E o que escrevi, foi tão pequenino comparado com o que senti, que francamente, me parece perfeitamente minimalista...

Lamento se o desiludo, mas eu sou tudo e sinto de tudo, inclusivamente o mais feio e amedontrado que há em mim.

Há dias assim meu caro, feios e pestilentos...mas o pior é que é verdade; a força que me move é mesmo aquela. Tem dias que consigo disfarçar, outros que nem por isso. Outros que só me apetece vomitá-la para cima de muitas pessoas = bichos.
Hoje por exemplo foi um desses dias. Que me incomodou ser pessoa.

Enfim... não é de todo por acaso que tenho alugures escrito por aí, que: "Em mim reside tudo, em mim resido eu."

E, eu sobrevivo. Sobrevivo sempre a tudo e a todos. Amanhã será certamente um dia de sol que me vai encher os olhos de brilho.

Obrigada!


Um Beijo,