quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Tira-me o ponto e mete-me uma vírgula.

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Nada é meu e eu não sou de mim.

Sou qualquer coisa que não eu.

Eu sou qualquer coisa que não… eu.

Eu não tenho nada e nada me tem.

Ainda assim porém,

tudo é meu e meu é de tudo.

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(É-me-nos-te-eu. )

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Este poema não é meu, meu não é deste poema

e o poema sou eu e eu sou o poema.

Se eu não sou de nada, e nada não é de meu,

Eu não sou nada.

Serei…tudo?

Tudo será eu?

Eu sou tudo e nada.

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“O Universo não é uma idéia minha.
A minha idéia do Universo é que é uma idéia minha.
A noite não anoitece pelos meus olhos,
A minha idéia da noite é que anoitece por meus olhos.
Fora de eu pensar e de haver quaisquer pensamentos
A noite anoitece concretamente
E o fulgor das estrelas existe como se tivesse peso”

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Eu sou Pessoa e Pessoa é eu.

Eu sou uma pessoa e uma pessoa sou eu.

A tal pessoa que não se diz Pessoa,

Mas que lê como uma pessoa de Pessoa.

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