Cai a seda no sofá delicadamente sobre o braço,
estende-se em toda a sua tranquilidade sobre o preto da pele.
Por entre a brecha da janela entra uma brisa com cheiro a jasmim,
roça-me o corpo, a acorda-me a alma para o vislumbramento do ser.
estende-se em toda a sua tranquilidade sobre o preto da pele.
Por entre a brecha da janela entra uma brisa com cheiro a jasmim,
roça-me o corpo, a acorda-me a alma para o vislumbramento do ser.

Nas minhas pernas jazem as marcas,
os riscos traçados pelas unhas
que num sonho qualquer
me rasgaram a carne
numa tentativa absurda de respirar o branco.
Destilo os meus venenos pelos poros da minha pele.
Abrem-se as chagas e escorre o sangue.
Evado-me em tentativas de sobreviver
ao veneno da poluição do manifesto,
tento não guardar em mim o negro da nulidade,
expulso os restos mortais dos outros,
abre-se a carne, escorre-me o sangue.
Sou no meu corpo, um manifesto vivo,
marcado,
sangrado,
e nem sempre cicatrizado,
das inócuas vivências do ser.
tento não guardar em mim o negro da nulidade,
expulso os restos mortais dos outros,
abre-se a carne, escorre-me o sangue.
Sou no meu corpo, um manifesto vivo,
marcado,
sangrado,
e nem sempre cicatrizado,
das inócuas vivências do ser.
4 comentários:
Alguém me confidencializou termos uma escrita muito próxima.
Hum...
Acabei de o sentir!
Caro Corvo,
Isso para mim é um elogio. Obrigada!
Melhores Cumprimentos,
"Sou no meu corpo, um manifesto "vivo,
marcado,
sangrado,
e nem sempre cicatrizado,
das inócuas vivências do ser"
Por vezes dizem-me cicatrizes todos temos, eu digo-te que cicatrizes todos somos!
Beijo
Caríssima Pearl,
No fundo somos quase que a essencia da consequencia.
Obrigada!
Beijo
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