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Constata-se em todos os gestos a revolta da diferença.
Os passos, os olhos, distinguem-se por entre a enchente de corpos caso não fossem discretamente desvanecidos pelo preferido anonimato.
Vagueiam por entre os espaços comprimidos, os indigentes disfarçados atrás dos óculos de sol que se reconhecem entre eles pela quietude da observação (im)parcial. Veste-se a gabardina invisível e dissolve-se por entre as gotas da chuva poluente, que ao cair do ácido, fumega corrosivo frio no morno da pele.
[A gabardina é inexistente quando efectivamente cai a chuva poluente.]
Chibatam-se os espíritos errantes em estalares dissonantes. Aparente tortura visível na desconstrução das plataformas caminhadas vezes sem conta. Arranca-se o tapete preto alcatrão e caem os corpos, os vivos, por entre as ondas de calor da mente, sempre fervente.
Reconstrói-se tapete a tapete, todos os grãos e camadas deste energúmeno chão.
Todos os dias são “Camelo, Leão e Criança”. Diariamente se relê mentalmente o livro da concórdia. Um dos muito poucos…
Espelho da insanidade baça vaporizada pelos arfares carnais que resvalam na recusa quando tudo se assume voluptuoso à priori.
Anseia-se a luxúria quando esta é a ultima vespa no centro ventral do existir.
“I am Katrina”
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