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As botas pretas que remarcam o ritmo novo do andar
espreitam pelos farrapos das calças de ganga azul mar
(como não podia deixar de ser)
que começam a folgar nas pernas outrora bem delineadas.
Fazem “pandam” com a preta blusa de decote aberto e discreto
a não ser pela rosada renda que transparece outras prosas
relembrando o séc. XVIII deste tempo.
Cabelo solto que se abandona ao vento
pretende prender-se somente quando se sustem nos lábios
... a aragem às vezes risca a visão.
Esta agora que se pretende o mais transparente
já que o mundo os enche de poluição.
Cruzo as ruas,
torço os tornozelos pela inconformada calçada
tem vezes que fico vermelha e embaraçada.
Prossigo, mais que não seja arranhada.
Passo pelos passos habituais
curiosamente em nada monótonos,
Bom Dia é sussurrado aos demais
e Curta sff aos habituais.
Tempo aproveitado em divagações
escritos por norma nas estações,
ressequidos no sair pela porta.
A velocidade de comboio demonstra-se assombrosa,
abanões, encontrões e energia com cortes
fazem da escrita algo disforme.
Dobro a esquina e encaro o vento,
cruzo os braços e agarro a mala,
mas aqui se assombra a mais terrível da duvida.
Será que a próxima rua será a...
branco, vermelho ou negro?
Esperança incauta esta... a minha...
Peito Aberto este... o meu...
espreitam pelos farrapos das calças de ganga azul mar
(como não podia deixar de ser)
que começam a folgar nas pernas outrora bem delineadas.
Fazem “pandam” com a preta blusa de decote aberto e discreto
a não ser pela rosada renda que transparece outras prosas
relembrando o séc. XVIII deste tempo.
Cabelo solto que se abandona ao vento
pretende prender-se somente quando se sustem nos lábios
... a aragem às vezes risca a visão.
Esta agora que se pretende o mais transparente
já que o mundo os enche de poluição.
Cruzo as ruas,
torço os tornozelos pela inconformada calçada
tem vezes que fico vermelha e embaraçada.
Prossigo, mais que não seja arranhada.
Passo pelos passos habituais
curiosamente em nada monótonos,
Bom Dia é sussurrado aos demais
e Curta sff aos habituais.
Tempo aproveitado em divagações
escritos por norma nas estações,
ressequidos no sair pela porta.
A velocidade de comboio demonstra-se assombrosa,
abanões, encontrões e energia com cortes
fazem da escrita algo disforme.
Dobro a esquina e encaro o vento,
cruzo os braços e agarro a mala,
mas aqui se assombra a mais terrível da duvida.
Será que a próxima rua será a...
branco, vermelho ou negro?
Esperança incauta esta... a minha...
Peito Aberto este... o meu...
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4 comentários:
É de peito aberto que a vida deve e(tem) de se encarada!
Quanto à calçada, talvez ela pretenda apenas "pregar" uma partida, a quem a pisa assim tão decidida!
e importa a cor?
ps: excelente foto
Gostava de ter vivido no Séc. XVIII...
Caro Acutilante,
A calçada, nos pés femininos no topo dos saltos é um desafio diáro para quem os teima em usar . E eu sou teimosa como tudo, em especial porque os uso de peito aberto na esperança de que um dia se torne mais direita.
Cara Ivone,
A cor importa em especial porque incauta é esta esperança, a minha, no meu peito aberto.
Caro Pedro Branco,
Eu acho que de facto vivi...
Melhores Cumprimentos,
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