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Ás vezes queria matar-te. É, isso. Queria acabar com a tua existência. Não, espera, não morras já! Hoje quero matar-me. Queria hoje morrer no teu colo, e petrificar-me mármore no vulcão do teu peito… sabia bem e morria feliz!
Não me olhes com esses abismos perfurantes de magnificente, não vale a pena sequer entenderes ou catalogares. Sente só o que te digo. Chega-me.
Sabes, gostava de ser uma “infeliz” criaturinha. Ah que estupidez absurda que vomito no regaço do teu colo. Era suposto estar aqui a beber a tua ternura, não era? Pois… se calhar era, mas como tu, não penso sequer a perpetuação…
Isto sim é uma grande mentira! Como eu gostava realmente de morrer agora, no teu colo quente. Amanhã sei que vou morrer aos poucos, mais um bocadinho, e a cada bocadinho que passa, é um bocadinho que não estou no teu colo. Entendes agora porque queria morrer, aqui e agora?
Seria um soluço só de complacência.
Nem tão pouco me atrevo a indagar-te sobre a possibilidade de isso se suceder. Sei que não irias compreender uma única palavra. Aqui também não são as palavras que interessam compreender…sente-me, só.
Sabes porque choro ao menos? Sei que sabes, mas não tens a coragem de mo dizer na cara. És um cobarde. Sabes sim. Sabes e eu sei. Sei que não era no meu colo. Sei que não era devaneio teu.
Espera, afinal, a cobarde sou eu. Não…não sou, pois não?
Sente-me só.
Ás vezes queria matar-te. É, isso. Queria acabar com a tua existência. Não, espera, não morras já! Hoje quero matar-me. Queria hoje morrer no teu colo, e petrificar-me mármore no vulcão do teu peito… sabia bem e morria feliz!
Não me olhes com esses abismos perfurantes de magnificente, não vale a pena sequer entenderes ou catalogares. Sente só o que te digo. Chega-me.
Sabes, gostava de ser uma “infeliz” criaturinha. Ah que estupidez absurda que vomito no regaço do teu colo. Era suposto estar aqui a beber a tua ternura, não era? Pois… se calhar era, mas como tu, não penso sequer a perpetuação…
Isto sim é uma grande mentira! Como eu gostava realmente de morrer agora, no teu colo quente. Amanhã sei que vou morrer aos poucos, mais um bocadinho, e a cada bocadinho que passa, é um bocadinho que não estou no teu colo. Entendes agora porque queria morrer, aqui e agora?
Seria um soluço só de complacência.
Nem tão pouco me atrevo a indagar-te sobre a possibilidade de isso se suceder. Sei que não irias compreender uma única palavra. Aqui também não são as palavras que interessam compreender…sente-me, só.
Sabes porque choro ao menos? Sei que sabes, mas não tens a coragem de mo dizer na cara. És um cobarde. Sabes sim. Sabes e eu sei. Sei que não era no meu colo. Sei que não era devaneio teu.
Espera, afinal, a cobarde sou eu. Não…não sou, pois não?
Sente-me só.
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Gosto tanto de te ver despido por mim...
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2 comentários:
" Apenas adie até amanhã aquilo que você quiser deixar morrer e deixar sem fazer."
(Pablo Picasso)
...o resto deixa morrer...devagar na agonia da existência. Bem, se utilizares uma faca, que seja um canivete, daqueles bem pequeninos pois, não mata pelo corte, mata pela falta de sangue derramado pelos ínfimos cortes do mesmo, logo demora mais tempo a morrer e sofre-se mais um bocadinho (grande). É claro, tens, sempre a outra hipótese…a mais fatal…a morte pelo aperto, apertando-o contra o peito, com muito carinho, provocando no semelhante a destruição dos tecidos do coração e, logo, um ataque fulminante, fazendo saltar os olhos das órbitas com o espanto de tal surpresa. Sabes, Freyja, costumo dizer que cada um cava a cova que quer…ao menos que seja funda. Abraços
Ps. Às vezes gostava mesmo de ter o dom das víboras, dar o beijo…sem matar, somente paralisar, pois como a parte do Urubu está a chegar, aos poucos, saciar-me-ia com os restos mortais vivos. Abraços apertados (sem provocar paralisia)
Caro Gothicum,
Tamanho foi o sarcasmo que sorri a cada frase!
Mas sabes, não consigo matar, nem de canivete (capagrilos como lhes chamava quando era miúda) nem por esmagamento (a minha fraca figura não tem a força física para tal)... não me reside a cólera dentro do peito. Não era ele que queria matar. Não era ele que queria perpétuar no tempo...
Nem tão pouco me contento com o aparente pouco que aqui escorre, languido e mordaz. Sou de uma exigência tal, dentro dos meus parametros tão próprios, que os meus dedos brancos e esguios se compelem à escrita destas coisas negras.
Os frascos, os frasquinhos que guardo na mesa de cabeceira...
Um beijo "apertado",
Ps: Percebi perfeitamente a tua nota :)
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