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A janela nada me diz,
Nada de novo me conta
A porta lembra-me somente o passar dos dias…
Caminho as mesmas calçadas,
O mesmo vento,
As mesmas folhas,
As pessoas nunca são as mesmas.
O frio, só esse é mais seco e gelado.
Só a música me acompanha.
Nos devaneios, nos passos, no passar.
Só ela permanece, fiel e segura.
Tudo muda, os pensares,
Os comportamentos,
Volátil petrificação de tudo.
Corro as cortinas dos meus olhos,
Fecho o casaco e seguro o cabelo.
O vento, sopra cada vez mais forte,
Eu estou cada vez mais leve…
Infiltra-se o silêncio…
Estou cada vez mais longe de tudo de todos.
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2 comentários:
"Mau será o dia do homem quando ele se tornar absolutamente satisfeito com a vida que está levando, quando não estiver mais eternamente batendo nas portas de sua alma um enorme desejo de fazer algo maior."
Phillips Brooks
Este poema está fenomenal. Abraços
A solidão que nos dá voz, que nos faz voar e muitas vezes caminhar nem sempre é entendida...
Seja como fôr não te prendas numa socialização que não te seduz que por agora não te traduz o estado de espirito!
beijo e abraço;)
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