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Alguém que me explique por favor, que onda fenomenológica é esta, de um nojo quase global, pelo falecimento de um excelso músico?
Francamente não entendo!
Se sou estúpida ao ponto de não saber quem era o falecido? Não!
Se sou estúpida ao ponto de ignorar a sua obra musical? Também não!
Agora pergunto eu, novamente, mas porquê, este fanatismo a um nojo que não é o vosso? Salvo seja, claro, as devidas excepções de quem realmente conheceu a dita personagem e de facto, nutria algum tipo de sentimento positivo pelo senhor…
O que francamente não me parece o caso da esmagadora maioria de portugueses, que maioritariamente nem sequer sonha com a vasta obra musical deixada!
Ora então estávamos a falar de LUTO!
Fazendo uma leve análise ao conceito de luto, diria eu, arrogantemente, que se trata de uma processo de perda, devido a uma morte, corpórea ou não, de alguém, ou algo. Este processo de nojo, ou luto, ou perda, é demarcado pela afinidade que se tinha com determinado objecto, que deixou de haver, porque esse mesmo objecto deixou de existir, fisicamente, ou não…
Ora então, alguém que me explique de novo, por favor, o porquê de uma histeria quase em massa, propagada tipo gripe dos porcos, ou melhor, gripe A, ou mexicana, ou seja lá que baptismo novo lhe atribuam, que move milhares de pessoas a criar uma afinidade inexistente com alguém que somente, e sim, arrisco um somente, deixou um legado musical deveras importante.
Demarquem na vossa mente, que eu assinalo aqui a importância da obra do dito, bem como a suposta qualidade da mesma!
Ora portanto, se nunca conhecemos a personagem; se o que lhe conhecemos são as músicas criadas, ou melhor, vocalizadas; se há uma séria de duvidosas sombras no seu genial curriculum vitae; se foi notoriamente uma pessoa perturbada, ou quiçá, traumatizada fortemente na sua infância, facto que o levou a querer mudar de cor de pele à força; então, alguém que me explique porque é que tanta boa gente copia um pseudo luto se as musicas, a única coisa que a maioria lhe conheceu, continuam por cá? Porque é que fingem uma simpatia lúdica e enternecedora por um cantor, cujo historial é, no mínimo, duvidoso?
Tudo isto me assombra a memória de um certo dia, banalíssimo para todos, mas fatídico também para outro ser humano, supostamente especial – Princess Diana!
Este luto é algum vírus contagiante? Trata-se de alguma epidemia, ao género da gripe A?
Percebo, embora não pareça, o sentimento de perda relativamente à voz que nos deixou, mas o que não incorporo, é que se mistifique uma personalidade, indubitavelmente importante, porém, comum, num pseudo Deus. Que, segundo consta, e recorrendo à difamada especulação, não tinha em absoluto tributos do tal Deus…
Os fanzérrimos do falecido Michael Jackson que me perdoem se caso lhes carrego nos calos da memória!
Perceber que se sinta que se perdeu uma voz, um stage man absolutamente genial, como tal, ainda percebo, agora a deidificação de uma personalidade (não é igual a personagem, essa sim brilhante, sem aspas) muito pouco “brilhante” é que não me cabe na cabeça!
Tendo em conta que a mesma, a minha cabeça, é muito pequena, e que a minha massa encefálica é ainda menor, assumo de braços abertos qualquer declaração proferida que se ache, ou pense, ser contra tal personalidade, ou personagem…!
Alguém que me explique por favor, que onda fenomenológica é esta, de um nojo quase global, pelo falecimento de um excelso músico?
Francamente não entendo!
Se sou estúpida ao ponto de não saber quem era o falecido? Não!
Se sou estúpida ao ponto de ignorar a sua obra musical? Também não!
Agora pergunto eu, novamente, mas porquê, este fanatismo a um nojo que não é o vosso? Salvo seja, claro, as devidas excepções de quem realmente conheceu a dita personagem e de facto, nutria algum tipo de sentimento positivo pelo senhor…
O que francamente não me parece o caso da esmagadora maioria de portugueses, que maioritariamente nem sequer sonha com a vasta obra musical deixada!
Ora então estávamos a falar de LUTO!
Fazendo uma leve análise ao conceito de luto, diria eu, arrogantemente, que se trata de uma processo de perda, devido a uma morte, corpórea ou não, de alguém, ou algo. Este processo de nojo, ou luto, ou perda, é demarcado pela afinidade que se tinha com determinado objecto, que deixou de haver, porque esse mesmo objecto deixou de existir, fisicamente, ou não…
Ora então, alguém que me explique de novo, por favor, o porquê de uma histeria quase em massa, propagada tipo gripe dos porcos, ou melhor, gripe A, ou mexicana, ou seja lá que baptismo novo lhe atribuam, que move milhares de pessoas a criar uma afinidade inexistente com alguém que somente, e sim, arrisco um somente, deixou um legado musical deveras importante.
Demarquem na vossa mente, que eu assinalo aqui a importância da obra do dito, bem como a suposta qualidade da mesma!
Ora portanto, se nunca conhecemos a personagem; se o que lhe conhecemos são as músicas criadas, ou melhor, vocalizadas; se há uma séria de duvidosas sombras no seu genial curriculum vitae; se foi notoriamente uma pessoa perturbada, ou quiçá, traumatizada fortemente na sua infância, facto que o levou a querer mudar de cor de pele à força; então, alguém que me explique porque é que tanta boa gente copia um pseudo luto se as musicas, a única coisa que a maioria lhe conheceu, continuam por cá? Porque é que fingem uma simpatia lúdica e enternecedora por um cantor, cujo historial é, no mínimo, duvidoso?
Tudo isto me assombra a memória de um certo dia, banalíssimo para todos, mas fatídico também para outro ser humano, supostamente especial – Princess Diana!
Este luto é algum vírus contagiante? Trata-se de alguma epidemia, ao género da gripe A?
Percebo, embora não pareça, o sentimento de perda relativamente à voz que nos deixou, mas o que não incorporo, é que se mistifique uma personalidade, indubitavelmente importante, porém, comum, num pseudo Deus. Que, segundo consta, e recorrendo à difamada especulação, não tinha em absoluto tributos do tal Deus…
Os fanzérrimos do falecido Michael Jackson que me perdoem se caso lhes carrego nos calos da memória!
Perceber que se sinta que se perdeu uma voz, um stage man absolutamente genial, como tal, ainda percebo, agora a deidificação de uma personalidade (não é igual a personagem, essa sim brilhante, sem aspas) muito pouco “brilhante” é que não me cabe na cabeça!
Tendo em conta que a mesma, a minha cabeça, é muito pequena, e que a minha massa encefálica é ainda menor, assumo de braços abertos qualquer declaração proferida que se ache, ou pense, ser contra tal personalidade, ou personagem…!
Desejo a todos (a quem de direito) um bom processo de luto, por bom, entendam por favor, rápido, e que o Best Off seja um sucesso no vosso leitor, que irá estar no repeat muitas vezes...ou nem por isso?!
(Secretamente aposto 100€ em como daqui a uns anos o dito senhor ainda vai ser beatificado)
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6 comentários:
Não posso deixar de comentar... se me permites a intromissão...
Nem sei se é luto... as pessoas simplesmente têm de ter o que falar.
Sinto uma profunda compaixão não pela morte de Michael Jackon, mas pela sua vida... poucas foram as mentes tão perturbadas que tive oportunidade de conseguir vislumbrar (negativamente perturbadas, se me faço entender)... um homem com um fantasma coberto de farinha correndo-lhe atrás... quando falava do pai tentava sempre desculpá-lo... mas pelo que sei, não havia desculpa possível. Acho que ele procurava reagir de uma forma positiva a um passado do qual não se conseguia libertar nem resolver dentro de si... duvido é que conseguisse realmente reagir positivamente, já que a sua noção de positivo estava... enfim, negativamente deturpada.
Mas concordo na íntegra com o que aqui dizes... querem lá as pessoas saber do que está por trás... querem é ter uma novidade de que falar... o ser humano é, fudamentalmente triste; por vezes tanto mais triste quanto mais risonho.
Beijinhos, bom fim de semana.
Cara Porcelain Doll,
Obrigada pela tua participação!
É sem dúvida um motivo de conversa de café, ou porque era importante ou porque está na moda, simplesmente!
O problema que se levanta é que faleceram pessoas igualmente brilhantes e geniais, quiçá, a niveis bem mais importantes, e a suposta motriz, entende por favor, imprensa em geral, nem tão pouco noticiou tal acontecimento.
Ora, se é através dela (para quase todo o ser humano) que maioritariamente adquirimos informação, que formula secreta haverá para se travar a... estupidificação em massa?!
È uma pergunta retórica, cuja fundamentação resulta de um observatório pessoal e intransmissível.
Se pudessemos medir a relação entre ser triste e o sorrir, mas medir mesmo até que ponto isso reflecte a alma de cada um, que conclusão chegaríamos?
Francamente parece-me que não chegaríamos a conclusão nenhuma, mas como também eu não sou, nem tenho pretensões de ser uma psicóloga, nem de massas, nem particularmente...
Isto tudo para inferir que este nojo que fazemos ao Micheal Jackson, é somente aquilo que fazemos aos nossos mortos, a nível pessoal e muito privado. Ora portanto o fenómeno de luto mundial é somente um luto pessoal ampliado, de um processo que fazemos quando um ente querido nosso, morre.
Remotamente, tudo isto me remonta para determinados rituais tribais funerários de umas certas tribos perdidas num recanto do planeta, onde existe a purgação do mal do falecido através de inúmero processos de exorcização...
Será assim algo de tão novo?
Ou será que este culto ao falecimento não será somente um ritual difundido na televisão?
Anyway, nice to see you here!
Beijo,
Oh, cara Freyja... também eu me questiono acerca dessa fórmula secreta há muito tempo... creio que deva existir, mas não estou certa de ter a noção dela... acho que talvez a melhor forma seja agir com relativa indiferença... mas não sei, confesso que não sei.
Talvez tenhas formulado essa pergunta como sendo de retórica; porém, não a creio apenas de retórica, mas muito pertinente.
Quanto a ser triste e sorrir... é o que eu costumo dizer... é preferível ser feliz e não sorrir... do que ser triste e querer fazer crer a todos que se é feliz, rindo-se falsamente. Mas esta é também uma opinião muito pessoal e discutível.
Pessoalmente, não realizo qualquer luto... obviamente sei que muitas pessoas que gostavam dele sintam dor autêntica, mas a mim, que não lhe sentirei qualquer falta, parece-me ser talvez a melhor solução para uma existência desequilibrada e perturbada... talvez para onde for, consiga encontrar o equilíbrio.
Se bem que quanto ao equilíbrio, cara Freyja, devo dizer-te que te invejo a preocupação com ele... pois eu mesma sinto ter uma relação particularmente desequilibrada com o equilíbrio... procuro-o afincadamente e quando o encontro, reparo que aos olhos do mundo exterior parece ainda maior desequilibrio do que parecia antes... o que me pode levar arrogantemente a supôr que seja o mundo lá fora que está desequilibrado e eu em equilíbrio! :D
Enfim... não é novo, não... esse é o problema, é que não saímos da cepa torta.
:P Nunca mais aprendemos... :)
Beijinhos enormes, não sei quanto a ti, mas eu cá estou a adorar a converseta! :D
Cara Porcelain,
Essa tua visão está actualmente correcta, pelo menos, assim o considero. Mas por outro lado, quem sou eu para considerar algo que seja...
De facto está dificil de sairmos da cepa torta, mas eu pessoalmente nutro a fé de que um dia a humanidade vai acordar, de preferência de manhã, e de olhos abertos vai pensar: Ora bolas, então era só isto?!
Está a ser um prazer, acredita! :)
Beijo,
:P Hoje estou um pouco desesperançada, mas... também acredito nisso que dizes, sim... :)
Beijitos
Olá boa noite...
Dizes " Cepa Torta"além disso tudo...é um grande restaurante, de um amigo meu em Alijó...aliás que pertence ao mesmo dono de um dos melhores restaurantes do mundo ( e estou a falar a sério)! O DOC nas margens do Douro no Pinhão.
....quanto ao assunto, há tantas coisas importantes para o ser humano se preocupar...a lapidação, por exemplo, das mulheres no Irão e no Iraque! Ah! Pois estas não vão à TV nem vendem discos!
Beijos, fica bem!
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