segunda-feira, 29 de junho de 2009

Assim, só porque sim...

Não concebo um nome, nem um som
não entendo o farrapo que sou,
nem sequer sei de que material é feito.


Tenho uma dor na alma por não ser perfeita,
apesar dos esforços contados e repisados,
continuo a pisar os passos passados...


Tenho uma história que não conto,
uma imagem que não desenho,
que me assombra,
todos os dias que não te vejo.


Se por ventura a memória não cumpre o seu papel, eu sei porque é...
Se por ventura o esquecimento me embala, também eu sei o porquê...


Tenho o inaudito na alma...
umas lágrimas cravadas no rosto,
dum passado que não me larga.


Não é desculpa, nem nunca foi...
é só um meio de esquecer.


[Lisa and the Host of Seraphin]

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