domingo, 22 de fevereiro de 2009

Na mesa dos lobos

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Se todos fossemos arrogantes ao nos bastarmos com as leituras diagonais, éramos todos surdos, mudos e cegos.

Poupem-me à pertinácia da supremacia da arrogância levemente molhada pelo orvalho do orgulho e misturada com a inveja pelas leves pepitas de ignorância.

Bolachinhas? Não obrigada.

Bebo um chá quente de menta numa fria caneca aquecida e sorriu discretamente no ruído da tua gargalhada. Argumento a minha servidão à fome e à sede do que devoro e dispenso-te até a explanação do porquê. Como dizia a minha avó: ”Pérolas a porcos”. Achar-me-ás agora arrogante? Pois então de que me vale a dissertação de um sapo, se o que queres ver é o meu suor e não a perspectiva?

O meu silêncio é como quase tudo em mim, um símbolo da minha dualista essência.
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(e bebo mais um gole deste chá…)

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2 comentários:

Gothicum disse...

"O significado das coisas não está nas coisas em si, mas sim em nossa atitude com relação a elas."
(Antoine De Saint Exupery)


…olha que os lobos estão em vias de extinção…isso bebe chá, de preferência daquele puro, colhido nas terras altas transmontanas, como Erva-cidreira, não bebas chá de saquetas é muito fingido… Pela sua qualidade Freyja, o seu chá deverá, pelo menos, ser reflexo e ter a qualidade de quem o bebe. Abraços.

Nota: Sem açúcar…para se notar a verdadeira essência e ver se realmente presta o que bebemos.

Freyja disse...

Caro Gothicum,


O requinte do acto depende de quem está à mesa connosco.

E sem dúvida que o chá, o puro e verdadeiro, quer ser bebido sem açucar! :)

(Eu adoro estar à mesa com os lobos)


Um Beijo,