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Ouve um dia que me achei
forte e carregada
desliguei-me da corrente
fechei-me no claustro do meu corpo
e…
fustiguei-me
sangrei-me
devorei-me
jurei-me
menti-me
maltratei-me
… comi-me
odiei-me
amei-me
forte e carregada
desliguei-me da corrente
fechei-me no claustro do meu corpo
e…
fustiguei-me
sangrei-me
devorei-me
jurei-me
menti-me
maltratei-me
… comi-me
odiei-me
amei-me
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… não aprendi
nem a regra...
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Ouve um dia em que me achei sensível
aprendi
a libertinagem
a selvagem
a fome e a sede
a viagem
do não ser, sendo nós.
Ouve um dia que me achei
somente a mim
e desaprendi
nas fendas da minha alma
a memória do esquecimento
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3 comentários:
Não se aprende Freyjá, não...
Por muito que se vá ao fundo dos fundos não conseguimos aprender a receber o que vem com a sabedoria do passado, no entanto é algo que devemos sempre tentar!
Nada é mais ruim conosco mesmos do que nós próprios, nada nos magoa mais que nós mesmos...
Talvez isso nos dê a dureza para a amargura da própria vida!!
Adorei ler-te...
Beijo e abraço para ti!
"Se você consegue aprender através dos duros golpes, você também consegue aprender pelos suaves toques. "
(Carolyn Kenmore)
Cara Freyja, bem quanto à escrita, o encadeamento das palavras está fustigante… enorme! Quanto à mensagem, a única coisa que poderei dizer é que espero, sinceramente, que o próximo aprendizado seja feito com suaves toques…o que acho difícil neste mundo! Em todo o caso, pelo que escreve, vê-se que é uma mulher de garra e que não vira a cara à luta. Abraços. (já agora obrigado pelo seu último comentário, soberbo de se ler…como sempre com a sua perspicácia, o que já é habitual)
Cara Pearl e Gothicum,
Em resposta às vossas respostas, construí uma racionalização que virou post.
Um obrigada aos dois e um beijo com um abraço apertado,
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