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Infere-me o absurdo da realidade e acaricia-me os gestos (da mentira).
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Ínsulas…
pequenos bancos de areia…
meios caminhos para o impossível.
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Ínsulas…
planetas inteiros radiados de luas celestes…
isolamentos lácteos que delimitam a derme suave.
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Vias lácteas isoladas
condensadas
comprimidas
inexprimíveis
na palma da mão…
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Pois que d’ouro é o silêncio,
a eloquência dos loucos.
Do avesso é a expressão da harmonia,
o meu fado
inexpressivo, almofadado e silenciado…
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(Que me perdoem os eloquentes, mas na minha mente a eloquência não faz sentido, é amorfa a multidão de gentes que reside observatória de uma ânsia impossível.)
Não me dês a Lua, nem o Sol,
nem a Terra, nem o mundo,
prefiro um banco de areia…
Ínsulas, funestas e amorfas,
o absurdo da loucura,
do avesso.
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O caos.
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