terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Infere-me o absurdo da realidade e acaricia-me os gestos (da mentira).

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Infere-me o absurdo da realidade e acaricia-me os gestos (da mentira).

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Ínsulas…

pequenos bancos de areia…

meios caminhos para o impossível.

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Ínsulas…

planetas inteiros radiados de luas celestes…

isolamentos lácteos que delimitam a derme suave.

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Vias lácteas isoladas

condensadas

comprimidas

inexprimíveis

na palma da mão…

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Pois que d’ouro é o silêncio,

a eloquência dos loucos.

Do avesso é a expressão da harmonia,

o meu fado

inexpressivo, almofadado e silenciado…

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(Que me perdoem os eloquentes, mas na minha mente a eloquência não faz sentido, é amorfa a multidão de gentes que reside observatória de uma ânsia impossível.)

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Não me dês a Lua, nem o Sol,

nem a Terra, nem o mundo,

prefiro um banco de areia…

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Ínsulas, funestas e amorfas,

o absurdo da loucura,

do avesso.

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O caos.

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