domingo, 24 de maio de 2009

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No outro lado do Vitruviano
conflui o rio e o mar na harmonia do inevitável.
Não há tempo que não seja inesgotável
nem expressão que seja, sequer, condenável.


Transmuto-me numa transparência opaca,
intransponível ao olhar,
ausente…
de qualquer aparência.

Vou,
para o outro lado do Vitruviano
na paz deste silêncio,
nos olhos desta cegueira.
No sossego de ser,
(i)mortal.

Não tenho pressa,
não corro,
caminho…
plano…
gravo no meu corpo os símbolos da minha inexistência.
(para que me torne cada vez mais transparente)
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4 comentários:

Gothicum disse...

"As mulheres constituem a metade mais bela do mundo."
(Jean-Jacques Rousseau)

...acredito piamente nisso...e são elas que mais perto estão do lado vitruviano...Dizem que foram feitas de uma costela do homem no acto da criação (lilith)...se foi não haja dúvida que era a única que o sujeito tinha de jeito...

Ps: hoje não há inquisição...podes mostrar esse teu lado (mas disfarçadamente)!

Abraços Herméticos (bem adoro estes...porque será?)

Freyja disse...

Caríssimo Gothicum,


Achas mesmo que fomos criados a partir da costela de um outro ser humano?!

A inquisição não acabou? E ninguém me mandou uma mensagem para o tlm?!



Beijos com pozinhos :)

Misantrofiado disse...

Muito, mas mesmo muito parental!









:)

Freyja disse...

Caro Corvo,



Sim, também muito parental ;)


Estou a desenhar mentalmente uma nova, que, penso eu, irá para baixo da outra, mas como a minha habilidade para o desenho é nula não sei como vou fazer para a passar para o papel...

Um beijo marcado,